À ação que pede à cassação do diploma da chapa Léo de Neco/Jojó, em Gandu, não é novidade na região. Um fato bem parecido aconteceu em 2015 e resultou na perca de mandato do ex-prefeito Moacy Pereira, em Presidente Tancredo Neves.
Moacy havia sido eleito em 2012 e logo após à disputa foi acusado de captação ilícita de sufrágio (compra de votos) e abuso de poder econômico durante o pleito. A primeira cassação veio em novembro de 2013, em sentença de Primeiro Grau de autoria da Juíza Eleitoral Alzeni Conceição Barreto Alves, mas recorreu da decisão ao TRE-BA.
Além de ser cassado, Moacy Pereira e seu vice, Moacir Félix ficaram inelegíveis pelo período de oito anos, a contar das Eleições 2012, além do pagamento de multa de R$ 5.230,50.
O caso é bem parecido com à denúncia que presa contra o prefeito reeleito Leonardo Barbosa Cardoso (PP) e seu vice, Joilson Souza Andrade (DEM). Segundo o Ministério Público Eleitoral – MPE/BA, Leonardo Cardoso e Joilson Andrade são investigados por abuso de poder econômico, captação e gastos ilícitos de recursos durante à campanha deste ano. Durante investigação realizada pela Ministério Público, foram encontradas várias “ordens de gasolina” assinadas pelo próprio vice-prefeito Jojó da “Farmácia”.
O MP aponta ainda que, pelas incontestáveis provas colacionadas aos autos, fica claro a existência de robustos indícios de que os requeridos promoveram a distribuição ilegal de vantagem aos eleitores, ao fornecerem combustível ilegalmente, provocando um desequilíbrio no pleito no município de Gandu-BA. Além disso, notório o abuso de poder econômico, materializado na prestação de vantagem patrimonial indevida a eleitores, configurando manifesto gasto, não declarado em campanha, em prol de vantagem política.