Desde o início da pandemia, o Governo Federal decretou que profissionais da área da saúde, assim como da segurança pública que atuem na linha de frente de prevenção e combate ao novo coronavírus, teriam prioridade para testes rápidos de diagnósticos da COVID-19. Eles fazem parte do grupo mais exposto à transmissão do vírus.
Mas, mesmo com o decreto, em Gandu, uma agente de endemias encontrou uma série de dificuldades para passar pelo teste mesmo apresentando alguns sintomas semelhantes ao da doença.
Segundo a agente, ela chegou a ir três dias seguidos para realizar o teste, mas sem sucesso. A Secretaria Mun. da Saúde havia mudado a data, mas não fez a comunicação. Residente na zona rural, ela chegou à solicitar da Secretária Ludmille Barbosa que um veículo da saúde fosse lhe buscar em casa para realização do exame, mas teve o pedido negado. “…eu não tenho para fazer coleta, sinto muito. Se tivesse estava nas suas mãos“, escreveu à Secretária.
Em outro trecho da conversa a agente chegou a colocar o próprio veículo à disposição e pedindo apenas o combustível, informando ela que não “ganha o suficiente para isso”, que seria gastar mais combustível com idas e vindas à Gandu. O teste estaria marcado para às 09h30 da manhã e mais uma vez a profissional teve o pedido negado.
Segundo informações, a agente teria realizado o teste nesta sexta-feira após algumas alterações de data.