O Ministério Público Eleitoral apontou Marcos Araújo Costa Neto, o Marcos Neto, como um dos principais responsáveis pela distribuição ilegal de combustível no dia da eleição em Gandu, no último dia 15 de novembro. Filho do médico e ex vice-prefeito Marcos Araújo, ele é identificado nos autos do processo como “apoiador de campanha”.
De acordo com o MPE, foram encontrados durante à ação de busca e apreensão documentos que demonstram a liberação de “ordens” de combustível para o Marcos Neto, que, dentre os volumes apreendidos, encontrou-se um envelope com o seguinte título: “Marcos Neto Campanha”, o que segundo o Ministério Público demonstra que se trata de valores gastos para fins de campanha eleitoral.
Ainda durante às buscas foram encontradas diversas notas referentes ao ano de 2014, todas identificadas como “Marcos Neto Campanha” as quais revelam a atuação de Marcos Neto em campanhas eleitorais, que se destacando como importante cabo eleitoral na cidade de Gandu. O MPE disse ainda que entre meses de agosto, outubro e novembro, contabilizou-se 27 (vinte e sete) “ordens”, papéis manuscritos, assinados e similares a uma autorização de venda, todos em nome do filho do ex vice-prefeito.
“Destaca-se que algumas dessas “autorizações” continham o nome do beneficiado, isto é, quem provavelmente abasteceria o veículo, o que demonstra que Marcos Neto realizava a distribuição de notas para eleitores, como benesse em troca de apoio político e voto“, pontuou o Ministério Público. “Marcos Neto também distribuía ordens de abastecimento em papéis comuns, manuscritos, com assinatura, valor ou quantidade de combustível a ser entregue ao portador ou destinatário, previamente estabelecido“, reforçou à promotoria na denúncia.
Nos documentos apreendidos o Ministério Público Eleitoral encontrou, em uma só autorização, a liberação de 200 litros de gasolina para um só candidato, assinada por Marcos Neto e que deveria ser debitada em uma conta chamada “conta à parte”. “Evidentemente, “a conta à parte”, citada nas ordens de abastecimento, está relacionada aos gastos com combustíveis destinados à campanha eleitoral, e que, conforme a nota manuscrita, seria acertada no dia 19 de novembro, após o período eleitoral“, frisou à denúncia.