Quem é à vereadora aliada do prefeito Ulysses Veiga, e que pode perder o mandato por receber salários ilegalmente em Piraí do Norte

De acordo com informações extraídas do Tribunal de Contas dos Municípios - TCM, até o ano passado, ela recebia R$ 2.877,37 no cargo em que foi aprovada, mas nunca exerceu.

Por Diário Paralelo em 04/05/2024 às 10:12:45

Considerada à "testa de ferro" do prefeito Ulysses Veiga na Câmara, à vereadora Arleque Sandra da Silva Tittoni, de 51 anos, terá que se livrar de uma grave acusação de irregularidades no seu mandato, se quiser continuar na vida pública. Exercendo seu quinto mandato consecutivo, Arleque Sandra foi eleita pela primeira vez em 2004 e desde 2021, primeiro ano de mandato de Ulysses, está como presidente da Câmara Municipal.

Antes de ocupar o cargo de vereadora Arleque havia sido aprovada em um concurso público em Piraí do Norte, sendo admitida em março de 2007 como Agente Municipal. De acordo com informações extraídas do Tribunal de Contas dos Municípios - TCM, até o ano passado, ela recebia R$ 2.877,37 no cargo em que foi aprovada, mas nunca exerceu.


No mesmo TCM é possível encontrar também o nome da vereadora na folha de pagamento da Câmara, onde ela recebe R$ 5.064,45. Como foi eleita pela primeira vez em 2004, em 2007 Arleque Sandra Tittoni teria que escolher entre cumprir o mandato de vereadora ou assumir seu cargo na prefeitura. Arleque optou pelo cargo de vereadora, mas não abriu mão do salário de funcionária pública. 


E é justamente esse um dos motivos da vereadora ter entrado na mira do Ministério Público - MPBA. Ela foi alvo de uma denúncia em 2022, quando foi descoberto que mesmo sem nunca ter assumido o cargo no governo municipal, vinha desde então recebendo salários. Na época, à recomendação foi de, além da cassação de mandato e inelegibilidade, à devolução de todos os recursos recebidos ilegalmente. 

Já no dia 23 de abril deste ano o Ministério Público emitiu um parecer, analisando que às justificativas apresentadas pela vereadora contra à denúncia não foram integralmente cumpridos. O caso segue tramitando na 3ª Promotoria de Justiça de Gandu.

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