Oposição em Gandu sai de cena da pior forma possível, e vai precisar de novos nomes para se reconstruir

A derrota nas eleições do último domingo, (06), marcou o fim do atual grupo de oposição em Gandu, e da pior forma possível. Formado há pouco mais de 20 anos, o grupo esbarrou em uma série de erros consecutivos, que culminaram em duas derrotas humilhantes que, se somadas, totalizam mais de 11.200 votos de desvantagem. 

Nesses mais de 20 anos, o grupo conseguiu emplacar dois mandatos seguidos, entre 2009 e 2016. Em 2008 chegou ao poder com a Dr.ª Irismá Sousa, que em 2012 abriu mão da reeleição para eleger o empresário Ivo Peixoto.

Tudo parecia se encaminhar para uma hegemonia quando, em abril de 2016, o então prefeito Ivo Peixoto renuncia ao cargo e sequer se envolve na campanha de Djalma Galvão, seu colega de chapa e que assumiu o município com sua saída. Para muitos, esse foi um dos principais erros que culminaram na derrota de Djalma na disputa contra o atual prefeito Leonardo Cardoso. 

Já em 2020, à oposição sofreu o primeiro abalo sísmico que resultou na reeleição do prefeito Leonardo Cardoso com uma diferença de 5.511 votos, à maior da história até então. Para quem havia testemunhado uma disputa acirrada quatro anos antes, quando apenas 248 votos decidiram à eleição, 2020 foi o sinal concreto de que às coisas não estavam bem. 

Dos anos 2000 até 2024, quatro nomes despontaram como possíveis líderes da oposição, mas nenhum deles permaneceu mais que duas eleições; Dr.ª Irismá (2000/2008), Ivo Peixoto (2012/2016), Djalma Galvão (2016/2020) e Orlando Guedes (2024). Enquanto isso, nesse mesmo período, o atual grupo de situação continuou sendo liderado pelo ex-prefeito Neco, que governou o município entre 2001 e 2008. 

O exemplo claro de que à atual oposição chegou ao fim em Gandu, foi mais derrota com uma diferença de mais de 5 mil votos, e a falta de um candidato genuinamente oposicionista, já que Orlando Guedes fazia parte do grupo de situação até meses antes da disputa.