Enquanto a maioria das cidades do Baixo Sul da Bahia preparou suas festividades de Natal com ruas enfeitadas, luzes brilhantes e decoração temática que trazem o clima de esperança e celebração, Presidente Tancredo Neves vive uma realidade oposta. Em vez de guirlandas e pisca-piscas, o cenário que se apresenta à população é de lixo acumulado. Praças, calçadas e esquinas se transformaram em depósitos a céu aberto, evidenciando o descaso e a falta de planejamento da atual administração.
Para muitos moradores, esse estado de abandono já se tornou uma marca registrada do governo Tonhe do Bó. A situação chega a ser tão emblemática que a entrada da cidade tradicionalmente um cartão de visita para os visitantes hoje mais se assemelha a um ferro-velho, com veículos abandonados e acúmulos de entulho.
No período natalino, quando a população espera uma cidade bem-cuidada e preparada para receber visitantes e celebrar as festas, o contraste é ainda mais impactante. "É desrespeitoso. Não estamos pedindo luxo, mas um mínimo de cuidado e respeito pela cidade e seus moradores", desabafa um comerciante local, indignado com o cenário.
Além do impacto visual, a situação provoca questionamentos sobre a gestão de resíduos e a saúde pública, já que o acúmulo de lixo nas vias públicas favorece a proliferação de pragas e doenças. Para uma administração que está nos últimos dias de mandato, o mínimo que se espera seria um esforço para entregar uma cidade organizada e limpa, mas, aparentemente, não é o caso.
O contraste com cidades vizinhas é gritante. Enquanto localidades próximas celebram o Natal com festivais e decorações temáticas, Presidente Tancredo Neves amarga um "Natal do Lixo". A ausência de iniciativas mínimas para revitalizar os espaços públicos reflete o tom de uma gestão que, para muitos, deixa um legado de descaso.
Resta agora à população aguardar a posse da nova gestão, que assumirá o compromisso de reverter essa situação e devolver o orgulho à cidade. Até lá, o espírito natalino divide espaço com a frustração e o desapontamento de quem esperava mais cuidado e respeito de seus governantes.