A Prefeitura de Itamari, sob a gestão do prefeito Everton Vasconcelos, assinou um contrato de terceirização que custará mais de R$ 7,9 milhões aos cofres públicos. O acordo, com validade de 11 meses, estabelece um repasse mensal superior a R$ 725 mil para a empresa contratada, que deverá prestar serviços administrativos ao município.
Segundo o prefeito, a contratação da empresa é essencial para apoiar a administração municipal em diversas atividades burocráticas e operacionais. No entanto, a medida tem gerado questionamentos sobre a necessidade e a viabilidade financeira desse gasto.
A polêmica em torno do contrato também se deve ao histórico da empresa contratada. Em 2021, um contrato semelhante firmado com a mesma empresa pela Prefeitura de São Felipe levou o Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) a protocolar uma representação contra o então prefeito da cidade no Ministério Público. Na ocasião, um morador denunciou que a gestão municipal estava transferindo para o setor privado atividades que deveriam ser exercidas exclusivamente pela administração pública, indo além do caráter complementar da terceirização.
Diante desses antecedentes, o contrato firmado em Itamari levanta preocupações sobre a legalidade e a transparência do processo de contratação. O Ministério Público e os órgãos de controle devem acompanhar a execução do contrato para garantir que os recursos sejam aplicados de forma regular e em benefício da população.